sábado, 18 de outubro de 2014

Programa Momento Espírita 447

O Anjo - Filme Completo



O ANJO é um longa-metragem produzido por um grupo de artistas espíritas, com o único propósito de confortar os corações das pessoas que estão sofrendo com a perda de um ente querido. Mais de 100 voluntários deram o melhor de si para produzir este filme, que foi produzido sem recursos financeiros e com várias limitações técnicas. Apesar de tudo, o filme ficou com uma qualidade técnica impressionante, ao nível de muitos filmes nacionais.

Visite o blog do filme para obter mais informações.

http://filmeoanjo.blogspot.com.br/

terça-feira, 5 de agosto de 2014

O Homem - Roberto Carlos



A letra dessa música é uma psicografia de Chico Xavier ditada pelo espírito Emmanuel que foi entregue a Roberto Carlos nos “anos 70” em visita a Uberaba (MG) e juntamente com Erasmo Carlos, no ano de 1973, a transformaram nessa magnífica canção que emociona ao falar com simplicidade, mas extrema beleza da passagem do Mestre entre nós.


O Homem (R. Carlos e E. Carlos)

Um certo dia um homem esteve aqui
Tinha o olhar mais belo que já existiu
Tinha no cantar uma oração.
E no falar a mais linda canção que já se ouviu.

Sua voz falava só de amor
Todo gesto seu era de amor
E paz, Ele trazia no coração.

Ele pelos campos caminhou
Subiu as montanhas e falou do amor maior.
Fez a luz brilhar na escuridão
O sol nascer em cada coração que compreendeu

Que além da vida que se tem
Existe uma outra vida além e assim...
O renascer, morrer não é o fim.

Tudo que aqui Ele deixou
Não passou e vai sempre existir
Flores nos lugares que pisou
E o caminho certo pra seguir

Eu sei que Ele um dia vai voltar
E nos mesmos campos procurar o que plantou.
E colher o que de bom nasceu
Chorar pela semente que morreu sem florescer.

Mas ainda há tempo de plantar
Fazer dentro de si a flor do bem crescer
Pra Lhe entregar
Quando Ele aqui chegar

Tudo que aqui Ele deixou
Não passou e vai sempre existir
Flores nos lugares que pisou
E o caminho certo pra seguir

Tudo que aqui Ele deixou
Não passou e vai sempre existir
Flores nos lugares que pisou
E o caminho certo pra seguir

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Se eu morrer antes de você...Chico Xavier

Escritor espírita palestra sobre os desafios atuais da sexualidade para os jovens


O escritor paulista e palestrante espírita Adeílson Salles vai conduzir, nesta quarta-feira (23), a palestra “Sexualidade em questão: dúvidas, conflitos e desafios”. O evento faz parte da 26ª Semana do Jovem Espírita de Pernambuco e será realizado, a partir das 18h30, no Grupo Espírita Regeneração, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife. Cerca de 200 jovens espíritas do Estado são esperados para discutirem sobre o assunto e contribuir com questionamentos e respostas.

“Este será um dos nossos pontos altos da 26ª Semana do Jovem Espírita de Pernambuco. Adeílson está sendo bastante aguardado por toda a comunidade. Sempre que ele vem para Pernambuco pode esperar casa cheia”, explica Rodrigo Sales, organizador do evento.

Além da dinamização do problema com Adeílson, os jovens vão participar de um momento artístico. A dinâmica entre os adolescentes participantes será coordenada pela professora da Rede Municipal do Recife e também autora de livros, Jeane Siqueira. Ela trabalha com o ABC da Paz, onde várias músicas são levadas para o ambiente escolar com o objetivo de estimular a cultura de paz entre as crianças e os adolescentes.

Toda a programação da 26ª Semana do Jovem Espírita de Pernambuco é tratada com dinâmicas de integração. “Isso facilita o envolvimento dos jovens com o tema e o compartilhamento de informações entre os participantes”, ressalta Rodrigo Sales. A programação desta quarta-feira segue até às 21h. Este ano o evento traz como proposta máxima de trabalho a temática: “Evangelho, arte e juventude em movimento – Juntos na construção de um novo tempo”. O evento é gratuito e destinado a jovens na faixa etária dos 13 aos 29 anos.

Saiba Mais:

Adeílson Salles tem 55 anos, é metalúrgico aposentado e natural da cidade de Guarujá, em São Paulo. Tem 48 livros publicados, entre romances, infantis, de mensagens e de auto ajuda. O autor colabora como articulista em diversos veículos de comunicação Espírita produzindo materiais para revistas, sites e jornais, tendo como foco principal o desenvolvimento da literatura espírita infantil. Além de escritor, Adeílson é conferencista e viaja por todo o Brasil realizando palestras sobre a Doutrina Espírita.

Serviço:

Grupo Espírita Regeneração
Endereço: Rua Onze de Fevereiro, S/N - Cordeiro, Recife.
Horário: 18h30 às 21h00

domingo, 8 de junho de 2014

O Espírito

O Espírito

Um dia, um médico materialista resolveu questionar um de seus pacientes que ele sabia ser seguidor da doutrina espírita.

Enquanto examinava o rapaz o médico foi logo perguntando:

“Você tenta ajudar os espíritos com a sua doutrina?”
“Sim!” Respondeu.
“Você já viu um espírito?”
“Não!” Disse o paciente.
“Você já ouviu um espírito falando?”
“Não!” Falou o espírita.
“Você já sentiu algum espírito?”
“Não!”

“Pois bem”, completou triunfante o médico, “temos aí três argumentos contra, e um a favor da existência do espírito ou da alma. Logo se conclui que, segundo a lógica, não existe nem um, nem outra.”

O paciente então perguntou ao médico:

“Você, como médico, já viu uma dor?”
“Claro que não!” Respondeu rápido.
“Você já provou uma dor?”
“Não!”
“Você já cheirou uma dor?”
“Não!”
“Você já sentiu uma dor?”
“Sim!” Disse, finalmente o médico.

“Pois bem,” concluiu o paciente, “temos aí três argumentos contra e um a favor da existência da dor. Apesar disso, você sabe que existe a dor, e eu sei que existem espíritos!”

Somos feitos de sombra e luz. Somos seres materiais, sujeitos a todas as mudanças da matéria. E somos espíritos, com riquezas latentes e esperanças radiosas.

Cada alma humana é uma projeção do grande foco eterno. Temos em nós os instintos dos animais mais ou menos comprimidos pelo trabalho longo e pelas provas das existências passadas.

Temos também em nós a crisálida do anjo, do ser radioso e puro, que podemos vir a ser pelas aspirações do coração e pelo sacrifício constante do eu.

Somos seres que tocamos as profundezas sombrias do abismo, com os pés e com a fronte, as alturas fulgurantes do céu.

Quanto mais se eleva o espírito e se purifica, tanto mais se torna acessível às vozes do alto.

Tudo o que vem da matéria é instável. Tudo passa. Tudo foge. Os montes a pouco e pouco vão sendo abatidos pela ação dos elementos.

As maiores cidades se convertem em ruínas. Os astros se acendem, resplandecem. Depois apagam-se e morrem.

Só a alma é imperecível, imortal.

Acima das civilizações extintas, sobrevivem as almas.

Através dos tempos, a alma caminha, adquirindo conhecimento. Vê sempre se abrirem novos campos de estudos e descobertas.

Paulatinamente, vai descobrindo que por toda parte reina a ordem, a sabedoria, a providência e seu entusiasmo e sua confiança aumentam cada vez mais.

Seu destino é a perfeição. À medida que vai adquirindo virtudes, ela saboreia de maneira mais intensa as felicidades da vida espiritual.

Deus conhece todas as almas, que formou com o seu pensamento e o seu amor.

Ele as deixa percorrer vagarosamente as vias sinuosas, subir os desfiladeiros sombrios das existências terrestres, acumular pouco a pouco em si os tesouros de paciência, de virtude e de saber, que se adquirem na escola do sofrimento.

Mais tarde, amadurecidas pelos raios do sol divino, saem da sombra dos tempos e suas faculdades desabrocham em feixes deslumbrantes.

Daí em diante são luz que irradia e se revela em obras refletindo o próprio criador.

Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir de mensagem de autor desconhecido, e do cap. IX do livro O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. FEB.

Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/o-espirito/

sábado, 7 de junho de 2014

Dr Brian Weiss fala sobre reencarnação

Menino de 9 anos discute o sentido da vida, música e universo

Somente a pluralidade das existências e experiencias anteriores pode explicar! https://www.youtube.com/channel/UCN-ckwp9iT-gwXdlsb8OBCQ

Acorda e Ajuda


Acorda e Ajuda

"Segue-me e deixa aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos." - Jesus. (MATEUS, 8:22.)

Jesus não recomendou ao aprendiz deixasse "aos cadáveres o cuidado de enterrar os cadáveres", e sim conferisse "aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos".

Há, em verdade, grande diferença.

O cadáver é carne sem vida, enquanto que um morto é alguém que se ausenta da vida.

Há muita gente que perambula nas sombras da morte sem morrer.
Trânsfugas da evolução, cerram-se entre as paredes da própria mente, cristalizados no egoísmo ou na vaidade, negando-se a partilhar a experiência comum.

Mergulham-se em sepulcros de ouro, de vício, de amargura e ilusão. Se vitimados pela tentação da riqueza, moram em túmulos de cifrões; se derrotados pelos hábitos perniciosos, encarceram-se em grades de sombra; se prostrados pelo desalento, dormem no pranto da bancarrota moral, e, se atormentados pelas mentiras com que envolvem a si mesmos, residem sob as lápides, dificilmente permeáveis, dos enganos fatais.

Aprende a participar da luta coletiva.

Sai, cada dia, de ti mesmo, e busca sentir a dor do vizinho, a necessidade do próximo, as angústias de teu irmão e ajuda quanto possas.

Não te galvanizes na esfera do próprio "eu".

Desperta e vive com todos, por todos e para todos, porque ninguém respira tão-somente para si.

Em qualquer parte do Universo, somos usufrutuários do esforço e do sacrifício de milhões de existências.

Cedamos algo de nós mesmos, em favor dos outros, pelo muito que os outros fazem por nós.

Recordemos, desse modo, o ensinamento do Cristo.

Se encontrares algum cadáver, dá-lhe a bênção da sepultura, na relação das tuas obras de caridade, mas, em se tratando da jornada espiritual, deixa sempre "aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos".

Emmanuel

domingo, 27 de abril de 2014

Parábola do Mau Rico - Visão Espírita

Por Paulo da Silva Neto Sobrinho



A rigor não poderíamos usar a expressão “na visão espírita”, porquanto, não temos procuração para falar em nome da Doutrina; por isso rogamos ao leitor que a entenda como sendo a visão particular de um espírita, estudioso da Bíblia, da parábola em questão.

Sabemos da possibilidade de muitos dos cristãos tradicionais não vierem a gostar do que iremos falar; entretanto, rogamos que sejam condescendentes conosco, pois estamos apenas usando da faculdade da “Livre interpretação da Bíblia”, defendida por Martinho Lutero (1483-1546) e também por João Calvino (1509-1564), o que nos dá, obviamente, o direito de interpretá-la sob a ótica da crença religiosa que abraçamos.

Em A Gênese, Kardec, falando sobre essa questão, disse:
Mas quem ousa permitir-se interpretar as Escrituras Sagradas? Quem tem esse direito? Quem possui as luzes necessárias, senão os teólogo

Quem ousa? A ciência, primeiro, que não pede permissão a ninguém para dar a conhecer as leis da Natureza, e salta, de pés juntos, sobre os erros e os preconceitos. Quem tem esse direito? Neste século de emancipação intelectual e de liberdade de consciência, o direito de exame pertence a todo mundo, e as Escrituras não são mais a arca santa, na qual ninguém ousava tocar os dedos sem o risco de ser fulminado. […] (KARDEC, 2007e, p 36) (grifo nosso).
Então, se nos permitem, vamos à nossa interpretação do texto da parábola do mau rico e o pobre Lázaro, narrada no Evangelho de Lucas:

Lc 16,19-31: “Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e cada dia se banqueteava com requinte. Um pobre, chamado Lázaro, jazia à sua porta, coberto de úlceras. Desejava saciar-se do que caía da mesa do rico... E até os cães vinham lamber-lhe as úlceras. Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio. Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'. Abraão respondeu: 'Filho, lembra-te de que recebeste teus bens durante tua vida, e Lázaro por sua vez os males; agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. E além do mais, entre nós e vós existe um grande abismo, a fim de que aqueles que quiserem passar daqui para junto de vós não o possam, nem tampouco atravessem de lá até nós'. Ele replicou: 'Pai, eu te suplico, envia então Lázaro até à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; que leve a eles seu testemunho, para que não venham eles também para este lugar de tormento'. Abraão, porém, respondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas; que os ouçam'. Disse ele: 'Não, pai Abraão, mas se alguém dentre os mortos for procurá-los, eles se arrependerão'. Mas Abraão lhe disse: 'Se não escutam nem a Moisés nem aos Profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não se convencerão'".

O primeiro ponto que destacamos no texto é o fato de que, por ele, pode-se concluir que a alma conserva sua individualidade após a morte, o que comprova o acerto da resposta dos Espíritos a Kardec sobre isso:
150. Após a morte, a alma conserva a sua individualidade?
“Sim; jamais a perde. Que seria ela, se não a conservasse?

150-a. Como a alma constata a sua individualidade, uma vez que não tem mais o corpo material?
“Ela tem ainda um fluido que lhe é próprio, haurido na atmosfera do seu planeta e que representa a aparência de sua última encarnação: seu perispírito.

(KARDEC, 2006, p. 143-144).
Visando tornar mais fácil a apresentação de nossas considerações ao texto bíblico, iremos destacar dele os trechos, que julgamos importantes para análise.

a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão”.

Os anjos representam os espíritos que, no mundo espiritual, cuidam daqueles que estão no limiar do portal para sair do mundo físico. São, como se diz, “gente como a gente”; apenas que estão fora da carne e num estágio evolutivo superior ao nosso, o que lhes permite ajudarem-nos no trespasse de volta à nossa origem.

Sobre os anjos, temos as seguintes informações dos Espíritos superiores:
128. Os seres a que chamamos anjos, arcanjos, serafins, formam uma categoria especial, de natureza diferente da dos outros Espíritos?
“Não; são Espíritos puros: os que se acham no mais alto grau da escala e reúnem todas as perfeições.”

Kardec: A palavra anjo desperta geralmente a idéia de perfeição moral. Entretanto, ela se aplica muitas vezes à designação de todos os seres, bons e maus, que estão fora da Humanidade. Diz-se: o anjo bom e o anjo mau; o anjo de luz e o anjo das trevas. Neste caso, o termo é sinônimo de Espírito ou de gênio. Tomamo-lo aqui na sua melhor acepção.

129. Os anjos hão percorridos todos os graus da escala?
“Percorreram todos os graus, mas do modo que havemos dito: uns, aceitando sem murmurar suas missões, chegaram depressa; outros, gastaram mais ou menos tempo para chegar à perfeição.”

(KARDEC, 2006, p. 130).
No texto bíblico, eles, os anjos, são os espíritos que participaram do processo de desencarnação de Lázaro e depois o levaram para onde se encontrava Abraão. Os Espíritos puros, passaram, como todos irão passar, pelo ciclo de reencarnações para progredirem, sem qualquer tipo de privilégio. Entre eles podemos, inclusive, encontrar alguns parentes desencarnados, porquanto os laços de amor jamais se rompem com a morte.

O que os Espíritos superiores informaram a Kardec nos ajudará a entender isso:
285. Os Espíritos se reconhecem por terem convivido na Terra? O filho reconhece o pai, o amigo reconhece o seu amigo?
“Sim, e assim de geração em geração.”

285-a. Como se reconhecem no mundos dos Espíritos os homens que se conheceram na Terra?
“Vemos a nossa vida pretérita e lemos nela como num livro. Vendo o pretérito dos nossos amigos e dos nossos inimigos, aí vemos a sua passagem da vida para a morte.”

286. Ao deixar os seus despojos mortais, a alma vê imediatamente os parentes e amigos que a precederam n o mundo dos Espíritos?
“Nem sempre imediatamente. Como já dissemos, ela precisa de algum tempo para reconhecer-se e desembaraçar-se do véu material.”

289. Nossos parentes e amigos vêm, algumas vezes, encontrar-se conosco quando deixamos a Terra?
“Sim, os Espíritos vão ao encontro da alma a que se afeiçoaram. Felicitam-na, como se regressasse de uma viagem, por haver escapado aos perigos da estrada, e ajudam-na a desprender-se dos laços corporais. É uma graça concedida aos bons Espíritos quando os seres que os amam vêm ao seu encontro, ao passo que aquele que se acha maculado permanece no isolamento ou só tem a rodeá-lo os que lhe são semelhantes. É uma punição.”

290. Os parentes e amigos sempre se reúnem depois da morte?
“Depende de sua elevação e do caminho que seguem para progredir. Se um deles está mais adiantado e caminha mais depressa do que outro, não poderão ficar juntos; é possível que se vejam algumas vezes, mas só estarão reunidos para sempre quando puderem caminhar lado a lado, ou quando se houverem igualado na perfeição. Além disso, a privação de ver os parentes e amigos é, às vezes, uma punição.”

(KARDEC, 2006, p. 219-220).
Abraão, que, na cultura judaica, era reverenciado como “nosso pai Abraão”, representa, por sua vez, os nossos parentes já desencarnados que, segundo o nosso merecimento, iremos encontrá-los, ao retornamos à nossa pátria espiritual, o que se pode comprovar nas questões de O Livro dos Espíritos, logo acima e com esta que consta na obra O que é o Espiritismo:
153. Encontra a alma no mundo dos Espíritos os parentes que ali a precederam?
Não só os encontra, como também a outros muitos, seus conhecidos de outras existências. Geralmente, aqueles que mais a amam vêm recebê-la à sua chegada no mundo espiritual, e ajudam-na a desprender-se dos laços terrenos. Entretanto, a privação de ver as almas mais caras é, algumas vezes, punição para os culpados.

(KARDEC, 2001, p. 212).
Ainda podemos acrescentar essa outra fala de Kardec, constante da Revista Espírita 1859:
O instante em que um deles vê cessar sua escravidão, pela ruptura dos laços que o retêm ao corpo, é um instante solene; em sua reentrada no mundo dos Espíritos, é acolhido por seus amigos, que vêm recebê-lo como no retorno de uma penosa viagem; se a travessia foi feliz, quer dizer, se o tempo de exílio foi empregado de modo proveitoso, por ele, e o eleva na hierarquia do mundo dos Espíritos, felicitam-no; aí reencontra àqueles que conheceu, mistura-se àqueles que o amam e simpatizam com ele, e então começa, verdadeiramente, para ele, sua nova existência. (KARDEC, 1859e, p. 87) (grifo nosso).
Certamente, que os laços de amor, que nos unem a parentes e amigos, continuam no “além da vida”.

b) “Morreu também o rico e foi sepultado”.

Considerando que tanto os bons quanto os maus morrem, isso nos leva a concluir que a morte não pode ser vista, pela ótica em que geralmente se acredita, como sendo um castigo de Deus à humanidade por conta do “original” pecado de Adão e Eva, até mesmo porque os animais, que nada têm a ver com essa história, também morrem. A morte, portanto, é uma lei natural, sob a qual todos os seres vivos estão sujeitos, sem exceção alguma.

Diferente do que aconteceu com Lázaro, o rico não teve merecimento para ser recebido pelos anjos (espíritos) e nem o de ser levado ao encontro de parentes que o antecederam à morte. Certamente, que aqui vale esta assertiva de Jesus: “a cada um segundo suas obras” (Mt 16,27).

c) “Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio”.

Algo bem interessante encontramos aqui. Trata-se de perceber que, naquela época de Jesus, acreditava-se em “mansão dos mortos” e não em “céu e inferno”, como às vezes nos querem fazer crer alguns teólogos.

E, segundo essa crença, para lá iam todos os espíritos desencarnados, fossem eles bons ou maus.

Observe, caro leitor, que o texto está afirmando que o rico viu ao longe Abraão e Lázaro, fato que prova estarem ambos no mesmo local, ou melhor, na mesma região espiritual.

Bart D. Ehrmann (1955- ), Ph.D em teologia pela Universidade de Princeton e professor de estudos religiosos na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, considerado um dos maiores especialistas em Novo Testamento da atualidade, dá-nos notícias dessa crença:
[…] O que surge é a crença em céu e inferno, uma crença não encontrada nos ensinamentos de Jesus ou Paulo, mas inventada tempos depois por cristãos que se deram conta de que o Reino de Deus nunca seria implantado nesta Terra. Essa crença se tornou um ensinamento básico cristão, o mundo sem-fim. (EHRMAN, 2010, p. 286) (grifo nosso).
Essa informação, vem corroborar o que dissemos.

Para nós, os espíritas, ambos estariam, certamente, no Umbral, região espiritual que circunda a Terra, como se fosse um campo de força, no qual se encontram retidos todos os espíritos, que ainda estão vinculados ao grau evolutivo que ela comporta, condição que não lhes permite irem para outros mundos. Assim, permanecem vinculados a ela, onde passarão por novas experiências em novas reencarnações, até conquistarem o grau de evolução máximo que se pode nela alcançar.

Para explicar como é possível os bons e os maus conviverem, ao mesmo tempo, no Umbral, trazemos a seguinte questão de O Livro dos Espíritos:
278. Os Espíritos das diferentes ordens estão misturados uns com os outros?
“Sim e não; quer dizer: eles se vêem, mas se distinguem uns dos outros. Eles se evitam ou se aproximam, segundo a analogia ou a antipatia de seus sentimentos, tal como acontece entre vós. É todo um mundo, do qual o vosso é pálido reflexo. Os da mesma categoria se reúnem por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias, unidos pelos laços da simpatia e pelos fins a que visam: os bons, pelo desejo de fazerem o bem; os maus, pelo de fazerem o mal, pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de se acharem entre seres semelhantes a eles.”

Kardec: Tal uma grande cidade onde os homens de todas as classes e de todas as condições se vêem e se encontram, sem se confundirem; onde as sociedades se formam pela analogia dos gostos; onde o vício e a virtude convivem lado a lado sem se falarem.

(KARDEC, 2006, p. 217).
Com essas explicações fica mais fácil o entendimento dessa situação.

d) "E além do mais, entre nós e vós existe um grande abismo, a fim de que aqueles que quiserem passar daqui para junto de vós não o possam, nem tampouco atravessem de lá até nós'”.

Podemos interpretar esse “grande abismo” de duas maneiras: a primeira, é em relação à evolução espiritual de cada um e a segunda diz respeito à vibração que cada espírito emite. No primeiro caso, somente através da reencarnação é que um espírito pode atingir a evolução espiritual de um outro, momento em que ambos passarão a estar no mesmo nível. Quanto à questão vibracional, sabe-se que os bons podem ir a qualquer lugar, enquanto que os maus ficarão restritos a certos lugares. Vejamos:
279. Todos os Espíritos têm livre acesso a qualquer região?
“Os bons vão a toda parte, e assim deve ser, para que possam exercer sua influência sobre os maus. Mas as regiões habitadas pelos bons são interditadas aos Espíritos imperfeitos, a fim de não as perturbarem com suas paixões inferiores.”

(KARDEC, 2006, p. 217).
Então, por esse prisma, a faixa da dimensão espiritual da mansão dos mortos, onde se encontrava Lázaro, era interditada ao rico.

e) “Ele replicou: 'Pai, eu te suplico, envia então Lázaro até à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; que leve a eles seu testemunho, para que não venham eles também para este lugar de tormento'”.

Nesse trecho, encontramos duas coisas; uma delas diz respeito à crença de que os mortos podem se comunicar com o vivos, razão do pedido do rico; a outra nos remete ao fato de que os “mortos” não deixam de se preocuparem com os vivos. Isso pode ser confirmado com essa transcrição da obra O que é o Espiritismo:
151. Conserva a alma as afeições que tinha na vida terrena?
Guarda todas as afeições morais e só esquece as materiais, que já não são de sua essência; por isso vêem satisfeita ver os parentes e amigos e sentem-se feliz com a lembrança deles. […].

(KARDEC, 2001, p. 211).
Assim, se se romperem os laços de amor, que temos para com os parentes e amigos, não há sentido algum em ter vida após a morte.

E não podemos deixar de observar que o rico, ainda que desumano em relação às necessidades materiais do pobre, preocupou-se com seus seus cinco irmãos, não queira que eles fosse para o lugar onde se encontrava. O amor é algo que existe no imo de todos nós, ainda que, por egoísmo, só o dediquemos aos parentes próximos.

f) “Abraão, porém, respondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas; que os ouçam'. Disse ele: 'Não, pai Abraão, mas se alguém dentre os mortos for procurá-los, eles se arrependerão'. Mas Abraão lhe disse: 'Se não escutam nem a Moisés nem aos Profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não se convencerão'".

Interessante é que Abraão não disse que não havia possibilidade de Lázaro avisar aos irmãos do rico, o que comprovaria não existir a comunicação entre os vivos e os mortos. Em sua resposta, ele, na verdade, afirma da inutilidade de tal coisa, pois como os irmãos do rico não ouviam os vivos, no caso, Moisés e os profetas, muito menos ouviriam os mortos. Fato incontestável é que isso, inclusive, acontece até nos dias de hoje, onde se vê uma grande maioria de crentes que não acredita no que os espíritos dizem, provando, portanto, que Abraão estava coberto de razão.

Paulo da Silva Neto Sobrinho
Jan/2012

segunda-feira, 7 de abril de 2014

A SUBCONSCIÊNCIA NOS FENÔMENOS PSÍQUICOS

Todas as teorias que pretendem elucidar os fenômenos mediúnicos, alheios à Doutrina Espiritista, pecam pela insuficiência e falsidade.
Em vão, procura-se complicar a questão com termos rebuscados, apresentando-se as hipóteses mais descabidas e absurdas, porquanto os conhecimentos hodiernos da Física, da Fisiologia e da Psicologia não explicam fatos como os de levitação, de materialização, de natureza, afinal, genuinamente espírita.

Para a ciência anquilosada nas concepções dogmáticas de cada escola, a fenomenologia mediúnica não deve constituir objeto de ridículo e de zombaria, mas sim um amontoado de materiais preciosos à sua observação.

Felizmente, se muitos dos pesquisadores criaram os mais complicados sistemas elucidativos, cheios de extravagância nas suas enganadoras ilações, alguns deles,
desassombradamente, têm colaborado com a filosofia espiritualista para a consecução dos seus planos grandiosos, que implicam a felicidade humana.
 
A SUBCONSCIÊNCIA
 
A subconsciência, tão investigada em vosso tempo, não elucida os problemas dos chamados fenômenos intelectuais. Estudos levados a efeito sobre essa câmara escura da mente são ainda mal orientados, apesar disso, muitas teorias apressadas presumem explicar todo o mediunismo com a sua estranha influência sobre o “eu” consciente. 

De fato, existem fenômenos subliminais; todavia, a subconsciência é o acervo de experiências realizadas pelo o ser em suas existências passadas. O Espírito, no labor incessante de suas múltiplas existências, vai ajudando as séries de suas conquistas, de suas possibilidades, de seus trabalhos; no seu cérebro espiritual organiza-se, então, essa consciência profunda, em cujos domínios misteriosos se vão arquivando as recordações,  e a alma, em cada etapa da sua vida imortal, renasce para uma nova conquista, objetivando sempre o aperfeiçoamento supremo.
 
 
O OLVIDO TEMPORÁRIO
 
O esquecimento, nessas existências fragmentárias, obedecendo ás leis superiores que presidem ao destino, representa a diminuição do estado vibratório do Espírito, em contacto com a matéria. Esse olvido é necessário,e, afastando-se os benefícios espirituais que essa questão implica, à luz das concepções cientificas, pode esse problemas ser estudado atenciosamente.

Tomando um novo corpo, a alma tem necessidade de adaptar-se a esse instrumento. Precisa abandonar a bagagem dos seus vícios, dos seus defeitos, das suas lembranças nocivas, das suas vicissitudes nos pretéritos tenebrosos. Necessita de nova virgindade; um instrumento virgem lhe é então fornecido. Os neurônios desse novo cérebro fazem a função de aparelhos quebradores da luz; o sensório limita as percepções do Espírito, e , somente assim, pode o ser reconstruir o seu destino. Para que o homem colha benefícios da sua vida temporária, faz-se mister que assim seja.

Sua consciência é apenas a parte emergente da sua consciência espiritual; seus sentidos constituem apenas o necessário à sua evolução no plano terrestre. Daí, a exigüidade das suas percepções visuais e auditivas, em relação ao número inconcebível de vibrações que o cercam.
 
 
AS RECORDAÇÕES
 
Todavia, dentro dessa obscuridade requerida pela sua necessidade de estudo e desenvolvimento, experimenta a alma, ás vezes, uma sensação indefinível... é uma vocação inata que impele para esse ou aquele caminho; é uma saudade vaga e incompreensível, que a persegue nas suas meditações; são os fenômenos introspectivos, que a assediam freqüentemente.

Nesses momentos, uma luz vaga da subconsciência atravessa a câmara de sombras, impostas pelas células cerebrais, e, através dessa luz coada, entra o Espírito em vaga relação com o seu passado longínquo; tais fatos são vulgares nos seres evolvidos, sobre quem a carne já não exerce atuação invencível. Nesses vagos instantes, parece que a alma encarnada ouve o tropel das lembranças que passam em revoada; aversões antigas, amores santificantes, gostos aprimorados, de tudo aparece numa fração no seu mundo consciente; mas, faz-se mister olvidar o passado para que alcance êxito na luta. (Emmanuel, Emmanuel, p.81-83)

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Palestra sobre os 157 anos de O Livro dos Espíritos na FEP













A Federação Espírita Pernambucana (FEP), conjuntamente com a Comissão Estadual de Espiritismo (CEE) realizarão Sessão Solene pelos 157 anos de publicação de O Livro dos Espíritos, feita por Allan Kardec, em Paris – França, em 18 de abril de 1857.

Quando: Na sexta-feira, dia 18 de abril de 2014, às 19h00
Onde: Nas dependências da FEP – Avenida João de Barros, 1629 – Espinheiro/Recife – PE
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A palestra comemorativa será proferida pelo expositor espírita Frederico Menezes que dissertará sobre o tema: O Livro dos Espíritos e a Lei de Justiça de Amor e de Caridade.
Haverá apresentação musical do Coral da FEP.

Compareça e nos honre com sua presença!









terça-feira, 1 de abril de 2014

Visão Espírita - Especial Nando Cordel

Seminário Mediunidade com Jesus


Fundação da Sociedade Espírita de Paris - 1º de Abril de 1958

Se bem que não haja aqui nenhum fato de previsão, menciono, para memória, a fundação da Sociedade, por causa do papel que desempenhou na marcha do Espiritismo, e das comunicações ulteriores às quais deu lugar.

Em torno de seis meses depois, tinha em minha casa, rua dos Martyrs, uma reunião de alguns adeptos, todas as terças-feiras. O principal médium era a Srta. Dufaux. Se bem que o local não pudesse conter senão 15 a 20 pessoas, às vezes nele se encontravam até 30. Essas reuniões ofereciam um grande interesse pelo seu caráter sério, e a alta importância das questões que ali eram tratadas; freqüentemente, viam-se ali príncipes estrangeiros e outras personagens de distinção.

O local, pouco cômodo pela sua disposição, evidentemente, tornou-se muito exíguo. Alguns, dos freqüentadores, propuseram se cotizar para alugar um mais conveniente. Mas, então, tornava-se necessário ter uma autorização legal, para evitar de ser atormentado pela autoridade. O Sr. Dufaux, que conhecia pessoalmente o Prefeito de polícia, se encarregou de pedi-la. A autorização dependia também do Ministro do Interior, que era então o general X... que era, sem que o soubéssemos, simpático às nossas idéias, sem conhecê-las completamente, e com a influência do qual a autorização que, seguindo uma fieira comum, teria exigido três meses, foi obtida em quinze dias.



A Sociedade foi, então, regularmente constituída e se reunia todas as terças-feiras, no local que alugara no Palais Royal, galeria de Valois. Ali permaneceu um ano, de 1º de abril de 1858 a 1º de abril de 1859. Não podendo ali permanecer por mais tempo, se reunia, todas as quartas-feiras, num dos salões do restaurante Douix, no Palais Royal, galeria Montpensier, de 1º de abril de 1859 a 1º de abril de 1860, época em que ela se instalou num local próprio, rua e passagem Sainte Anne, 59.

A Sociedade, formada, no princípio, de elementos pouco homogêneos e de pessoas de boa vontade que eram aceitas com relativa facilidade, teve que sofrer numerosas vicissitudes, que não foram um dos menos penosos embaraços de minha tarefa.


Allan Kardec
Obras Póstumas

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Síndrome de Down na visão espírita



A Síndrome de Down não é uma doença, mas uma espécie de acidente genético que ocorre na gestação, provocando alterações no organismo, tais como: face larga, pálpebras oblíquas, mãos pequenas, dedos curtos, baixa estrutura e atraso mental. Até bem pouco tempo, quem nascia com a síndrome era obrigado a viver em reclusão, pois para os pais essa era a melhor forma de preservar o filho já que ele seria um ser frágil e pouco capaz de conduzir sua própria vida. Hoje, no entanto, a história é bem diferente, como mostrou a reportagem “Cada vez menos Down”, das jornalistas Greice Rodrigues e Lena Castellón, para a revista “Isto É”, de 26 de julho.

“Quanto mais inseridos na sociedade melhor. Há maiores chances de a pessoa se desenvolver” – explicou à “Isto É” a médica geneticista Silvia Longhitano, que coordena o ambulatório da Assoçiação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), onde são oferecidos aos portadores da Síndrome de Down diversos serviços, como fisioterapia, fonoaudiologia, música e brincadeiras. Essa nova forma de lidar com a realidade dos indivíduos com Down se reflete inclusive no seu tempo de vida, que, segundo comprovam os dados do Instituto Meta Social – outra entidade dedicada à inclusão dessas pessoas -, em 1947 era 15 anos, mas em 1989 passou para 50 e hoje está em 70 anos. Nos tempos atuais, levam uma vida normal: estudam, trabalham, praticam esportes, namoram, casam.

Joanna de Angelis, no livro “S.O.S. Família”, dedica um capítulo interior a tratar do tema “Filho deficiente”:

“(...) O filho marcado que resulta do teu corpo é alma vitimada pela tua alma, não duvides. Não é este o primeiro tentame que realizam juntos.
Saindo do fracasso transato, ambos recomeçam abençoada experiência, cujo êxito podes promover desde já.
Sê-lhe o que lhe falta.
Da convivência nascerá a interdependência recíproca.
No labor com ele, amá-lo-ás.
Infatigavelmente renova os quadros mentais e por enquanto desce ao solo da realidade, fora das ilusões mentirosas, a fim de seres, também feliz.
Honra-te com o filhinho dependente e mais aproxima-te dele, cada vez.

A carne gera carne, mas os atos pretéritos do espírito produzem a forma para a residência orgânica.
As asas de anjo do apóstolo, como os pés de barro de quem amas, precedem à atual injunção fisiológica.
Se te repousa no berço de sonhos desfeitos um filhinho deformado, amputado, dementado, deficiente de qualquer natureza, esquece-lhe a aparência e assiste-o com amor.
Não te chega ao trono dos sentimentos por acaso. Antigo companheiro vencido, suplica ajuda ao desertor, só agora alcançado pela divina legislação.
Dá-lhe ternura, canta-lhe um poema de esperança, ajuda-o.

O filho deficiente no teu lar significa a tua oportunidade de triunfo e a ensancha que ele te roga para alcançar a felicidade.Seria terrivelmente criminoso negar-lhe, por vaidade ferida, o amparo que te pede, quanto te concede a bênção do ensejo para a tua reparação em relação a ele”.

Fonte: Serviço Espírita de Informações
2 de Setembro de 2006

sábado, 4 de janeiro de 2014

No Caminho da Perfeição


Recorda a sementeira de bênçãos na Terra, se desejas atingir a seara do aperfeiçoamento maior, na Espiritualidade Superior.

Não há edifício sem base, tanto quanto não existe realização sem esforço.

Lembra-te de que Jesus não nos pediu o impossível.

As lições do Divino Mestre permanecem vazadas nos quadros mais simples da natureza.

Um grão de mostarda.

Uma candeia sob o velador.

Uma dracma perdida.

Cinco pães e dois peixes.

Nas adjacências de um lago e através de barcos humildes, emoldurou, sem ouro e sem poder humano, a maior epopéia de amor universal que a humanidade já presenciou no curso dos séculos.

Não te esqueças de que o serviço de aprimoramento deve começar nos aspectos mais insignificantes de nossa própria vida.

Um sorriso em casa.

Um favor espontâneo aos amigos.

Um olhar de compreensão a quem sofre.

Uma prece pelos adversários.

Um gesto de fraternidade.

O silencio diante da calúnia.

O socorro mudo aos enfermos.

A caridade de uma boa palavra em auxílio aos ausentes.

Não procures a perfeição pela virtude postiça.

Ninguém pode começar a construção de uma casa pelo telhado.

Somos seres humanos, encarnados e desencarnados, com as nossas raízes ainda presas a terra, mãe admirável de nosso desenvolvimento através dos milênios.

Não pretendas voar sem asas.

Entretanto, se ainda não somos anjos, podemos ser companheiros da bondade fiel.

Tanto quanto possível, começa hoje o ministério da boa vontade para com todos, a partir do teu santuário doméstico, e amanhã conseguirás abençoado equilíbrio em mais amplos degraus no caminho ascensional da evolução.

Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Do livro Reconforto